27 maio 2006

"O Código Da Vinci" - Crítica


Nem sei por onde começar. Talvez deva começar por dizer que, o filme, é uma desilusão. Pelo menos para mim, pelo menos para quem leu o livro.
Afinal para que serve este filme? Se é para fazer dinheiro então Parabéns, pois a sala estava cheia. Mas muita gente saiu de lá a bocejar.

Este "Código Da Vinci" não tem suspense. Os actores não estão lá a fazer nada, a não ser para recitar o livro de cima a baixo. Ron Howard, o realizador, enfia-nos o filme pelos olhos adentro. Não é preciso estarmos a tentar perceber o que se passa no filme. Porque o realizador explica tudo em dois segundos. E depois? E depois não há suspense.

Quando são feitas grandes revelações na história, em que o normal era ficarmos surpreendidos, não, ficamos é com sono. Mas há mais. Ainda somos brindados com flashbacks que, resultam bem no livro, mas no filme não fazem lá nada. É só para encher. São duas horas e trinta minutos de tempo desperdiçado pelo realizador. Duas horas e meia, essas, que podiam ter sido aproveitadas para tornar o filme atractivo e com suspense. MAS ONDE É QUE ESTÁ O SUSPENSE, MEU DEUS?

A composição músical de Hans Zimmer não tem garra. Não joga bem com a imagem e é pobre.
Mas nem tudo é mau nesta fita. Ian McKellen é o melhor. A sua personagem sempre dá algum animo ao filme. Pelo menos quando estamos na presença deste senhor ainda parece que o filme tem algum mistério. Mas também, Ian McKellen não se precisa de esforçar muito para ser bem sucedido, ele já é um grande actor por natureza.
Quem se esforçou muito, e até valeu a pena porque resultou, foi o Paul Bettany que interpretou a personagem Silas.

Enfim... tenho pena de Tom Hanks por ter aceite este papel. Tenho pena da Audrey Tautou porque, claramente, esta personagem não era para ela.
Ron Howard, filmou que nem um amador. Um filme que vale pelos secundários e muito pouco. Mesmo assim ainda leva um pontuação muito boa.
Como é dito no "Código Da Vinci", a mente vê o que quer ver. E a minha vê um filme pobre.

***

2 Comentários cinéfilos:

Blogger Gustavo H.R. disse...

Concordo. Nossas mentes viram a mesma coisa... Um filme-evento bem esquecível.

Cumps.

02:20  
Blogger Joao Pedro disse...

Pois... realmente é mesmo para esquesser. A única coisa que se aproveita são os secundários e pouco mais.

10:01  

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